quarta-feira, 27 de abril de 2011

Os motivos que despertam um desejo enorme de fazer justiça com as próprias mãos

Parece uma nova moda (Deus nos livre), algum tipo de reação em cadeia, um tremendo distúrbio emocional ou espiritual ou alguma coisa que o efeito da mídia causa nas pessoas como nas várias notícias, nos últimos dias, de mulheres que abandonam seus bebês recém nascidos ao relento em lixeiras, terrenos baldios, etc. Cada vez mais fogem da compreensão do ser humano racional, os motivos que levam uma pessoa a fazer isso.
Quando a mulher está prestes a ter um filho, a gerar uma vida, muitas coisas acontecem no corpo da mulher que só elas mesmo poderiam descrever fielmente o fenômeno que acontece, sempre ouvimos que ela realmente fica em estado de graça, mas o turbilhão de emoções e alterações físicas são tão marcantes que em alguns casos, principalmente nas periferias, somam-se a problemas pessoais, falta de informação, problemas financeiros, bebidas, drogas e etc. Por isso muitas vezes acontece a rejeição das mães para estas crianças. Depressão pós-parto é muito comum mas não acredito que possa ser alegada uma insanidade mental para executar uma barbaridade. Não se deve abandonar uma criança à própria sorte. Isso é crime.
Mas se a pessoa pode procurar o serviço do governo e entregar esta criança para adoção, a entrega é muito bem vista. A entrega é permitida. Não é crime e deve ser, de alguma maneira, incentivada para aquelas mães que não querem ficar com a criança. Quanto mais cedo para a criança ficar definida a situação dela, melhor e estaremos assegurando de forma mais eficaz os direitos consagrados no Estatuto da Criança, na Constituição Federal e nas outras leis que o Brasil já assinou, e é tão simples, mas quando estas pessoas preferem por a vida da criança em risco, e não imaginam que por muitas vezes estas crianças podem não ter a sorte de serem encontradas e parar em algum aterro sanitário por aí, não há o que justifique esta atitude, essas pessoas tem má índole, se são capazes de fazer isso podem executar qualquer outro crime, pois nada pode ser mais cruel.
Mas algo irrita ainda mais, é que depois de passar por esse trauma, se sobreviverem, essas crianças ainda correm outro risco: como no caso do bebê Miguel de 2009 que foi jogado num matagal, e encontrado por um pitbull, foi entregue, por determinação da Justiça, à guarda provisória dos avós maternos. A criança foi abandonada pela mãe poucas horas após ela dar à luz. O menino Miguel, de 7 meses, estava com os pais adotivos, um casal de advogados, há 3 meses, em Sepetiba.
O bebê foi levado para uma casa da família biológica onde moram 5 pessoas, entre elas sua mãe, de 20 anos. E sua tia de 16 anos, foi quem deixou o recém-nascido numa sacola plástica à beira do Rio, a pedido da mãe. O menino estava com o cordão umbilical mal cortado e sangrando. o argumento é a prioridade dada ao retorno da criança ao lar de origem. A justiça entregou para os avós mas esta criança vai passar o resto de sua infância e adolescência debaixo do mesmo teto que as pessoas que tentaram matá-la. A justiça o condenou a voltar para essa “mãe”, se é que será chamada assim. E se a justiça, se é que será chamada assim, dá preferência pra que isso aconteça, desperta, em qualquer ser humano um desejo enorme de fazer justiça com as próprias mãos.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O Cigarro

Muitos anos atrás

Em casa, só tinha um cigarro amassado. Bati três vezes com o filtro na palma da mão e uma puxadinha de leve e pronto, já pode ser aceso. Saí de casa na direção dos rocks de sexta-feira e encontro o primeiro cabra. Negro, velho e bêbado. Diz: “no fundo de um lago retirado do mundo onde o seu discurso não pode ser notado, eu estarei”. Bah! Poético, não entendi, mesmo assim gostei mas tens fogo? “não” responde. Segui adiante na mesma direção, o bairro está deserto e assustador, é lua cheia, vi uma coruja, vi um gato preto, vi um despacho na esquina e ouvi uma voz bem atrás de mim, que cagaço! dizia: “aqui o relógio se opõe, aqui podes chorar, mas teu choro dói e rasga tua carne.” meu Deus! os andarilhos estão inspirados, mas tens fogo? “não” responde. Apertei o passo. Chega disso! Quero fumar! Mais adiante, outro filósofo da cachaça: “aqui o desapontamento é aflitivo” e não, não tem fogo. Outro: “aqui o tempo já não tem mais valor” também não tem fogo. Mais um: “aqui as leis dos homens são insignificantes” estava com medo de perguntar, mas perguntei. não tem fogo. Já bem perto do destino onde já podia ouvir a música, outro cara: “aqui nem a paz, nem o fogo serão encontrados” puta que pariu! serão alucinações? Por via das dúvidas, parei de fumar pela primeira vez.

Três anos mais tarde

Voltei a fumar e fui morar no litoral. Era inverno, chovia, a cidade estava deserta, por volta das onze horas fumei meu último cigarro, deitei na cama, mas não consegui dormir, era muito cedo, não devia ter fumado o último tão cedo.
Logo começou a bater o desespero, meia-noite, uma hora e nada, saí de casa para comprar cigarro. Andei cerca de 15km até os limites da cidade vizinha e não encontrei nem um boteco aberto, voltei por outro caminho pra tentar a sorte, nem uma viva alma na rua, voltei pra casa, tomei um banho quente e vou tentar dormir. Quatro horas, cinco horas e nada. Não consegui dormir. Levantei de novo, vou caminhar na direção da vila dos pescadores, na pior das hipóteses consigo com eles, nem que seja um palheiro. Antes de chegar na vila, avistei uma luz dentro de uma casa, me aproximei, ouvi vozes e pude notar que estavam jogando cartas, não resisti, bati na porta, provoquei silêncio por um tempo, ninguém disse nada então me pronunciei: - Não tenham medo amigos, sou do bem, só estou desesperado para fumar, maldito vício, por favor pode me ceder um cigarro? Não precisa abrir, basta colocá-lo pelo vão embaixo da porta, cochichou um pouco, logo, um cara abriu a porta, com um revólver na mão. – tudo bem, eu disse, só um cigarrinho e vou embora. O cara demonstrou tranqüilidade e colocou a mão no bolso e puxou seu maço tirou dali cerca de dez cigarros e me deu, agradeci muito e sai logo dali, que loucura! Fui para casa, coloquei os cigarros na cabeceira, tomei outro banho quente, deitei e pensei: agora vou saborear o cigarro perfeito, o melhor do mundo. Com um isqueiro na mão e o cigarro na outra foi como eu acordei, na mesma posição, muitas horas depois, quem disse que eu fumei aquele famigerado cigarro? o que me fez caminhar 30km em três municípios diferentes na chuva de madrugada e arriscar até a vida naquela casa foi o fato de que eu não tinha cigarros, parei de fumar pela segunda vez.

Muitos anos depois

Voltei a fumar e a cometer outros excessos que são da mesma família. Ninguém pode dizer que não são prazerosos, mas quando passa de prazer pra vício passa também a ser preocupante, estava mais viciado do que nunca no maldito cigarro, realmente ficar sem ele me deixava nervoso.
Comecei a fumar há vinte e cinco anos, um maço de cigarros por dia, imagina a quantidade de produtos químicos que meu organismo já absorveu, veja:
cada cigarro tem aproximadamente 45mg de cada substância, são vinte e dois componentes químicos do cigarro inseridos em combustão vinte vezes (um maço) diariamente no meu organismo. Vinte vezes 45mg de nicotina, por exemplo: 900mg/dia vezes 365 dias por ano= 328,5g/ano vezes 25 anos = 8212,5g. Ou seja, eu já inseri mais de oito quilos de nicotina no meu organismo, o mesmo serve para todos os itens químicos encontrados no cigarro, o que equivale a cerca de 180 quilos de produtos químicos, duas vezes o meu peso. Pois com tudo isso, não é que um cara que nunca fumou, e abomina todo tipo de uso de drogas ilícitas, meu irmão Anselmo é que foi parar no hospital com uma doença raríssima no sistema nervoso central. Não quero justificar agora, afirmando que o cigarro não tem relação com doenças, pelo contrário. Como estes foram, sem sombra de dúvidas, os piores dias da minha vida, como foi tão sofrido, agora mesmo é que eu precisava fazer alguma coisa, porque ele está bem melhor agora. E fiz. Desta vez em forma de promessa (a nossa senhora da saúde) e de forma definitiva, decidi parar de fumar pela terceira e última vez.


Componentes do cigarro

Acetaldeído
 - Produto metabólico primário do etanol na sua rota de conversão a ácido acético. É um dos agentes responsáveis pela ressaca.
Acetona
 - Solvente inflamável.
Ácido cianídrico
 - Cianeto hidrogenado extremamente venenoso devido à habilidade do íon em se combinar com o ferro da hemoglobina, bloqueando a recepção do oxigênio pelo sangue. Mata por sufocamento.
Acroleína
 - Composto que possui odor e sabor amargo obtido pela desidratação da glicerina por bactérias.
Alcatrão
 - Resíduo tóxico cancerígeno que colabora com o vício do mesmo e obstrui as vias respiratórias.
Amoníaco
 - Composto químico usado em produtos de limpeza.
Arsênico
 - Composto extremamente tóxico, veneno puro.
Benzopireno
 - Substância cancerígena que facilita a combustão existente no papel que envolve o fumo.
Butano
 - Gás incolor, inodoro e altamente inflamável.
DDT
 - Agrotóxico.
Dietilnitrosamina
 - Composto que causa lesão hepática grave.
Fenol
 - Ácido carbólico corrosivo e irritante das membranas mucosas. Potencialmente fatal se ingerido, inalado ou absorvido pela pele. Causa queimaduras severas e afeta o sistema nervoso central, fígado e rins.
Formol
 - Formaldeído, componente de fluído conservante, que causa irritação dos olhos, nariz, garganta e pele, mutagênico e carcinogênico suspeito.
Mercúrio
 - Causa dor de estômago, diarréia, tremores, depressão, ansiedade, gosto de metal na boca, dentes moles com inflamação e sangramento na gengiva, insônia, falhas de memória e fraqueza muscular, nervosismo, mudanças de humor, agressividade, dificuldade de prestar atenção e até demência.
Metais pesados
 - Chumbo e cádmio. Causam a perda de capacidade ventilatória dos pulmões, além de dispnéia, fibrose pulmonar, hipertensão, câncer nos pulmões, próstata, rins e estômago
Metanol
 - Álcool metílico usado como combustível de foguetes e automóveis.
Monóxido de carbono
 - Gás inflamável, inodoro e muito perigoso devido à sua grande toxicidade por formar com a hemoglobina do sangue um composto mais estável do que ela e o oxigênio, podendo levar à morte por asfixia.
Naftalina
 - Substância cristalina branca, volátil, com odor característico antitraça.
Nicotina
 - Alcalóide usado como herbicida e inseticida com cheiro desagradável e venenoso, que constitui o princípio ativo do tabaco. Provoca cancro nos pulmões devido à metilização.
Níquel
 - Armazenam-se no fígado e rins, coração, pulmões, ossos e dentes - resultando em gangrena dos pés, causando danos ao miocárdio etc..
Pireno
 - Hidrocarboneto aromático cancerígeno.
Polônio
 - Elemento altamente radioativo e tóxico e o seu manuseio requer a utilização de equipamento especial usado com procedimentos restritivos.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Para ouvir um som diferente
Agora volte para o seu mundo

Chucky Berry


Charles Edward Anderson Berry
(Saint Louis, Missouri, 18 de outubro de 1926).

Com certeza deverá sempre ser apontado por todos nós como o precursor do Rock and Roll e um de seus maiores representantes.
Ele ainda era uma criança quando se iniciou na música, em corais evangélicos, levado pelo pai que era pastor protestante. Em 1940 começou a dedilhar uma guitarra, mas logo em seguida foi acusado de furto foi parar em um reformatório. Ao ficar livre, Berry demorou um pouco pra retornar a fazer o som porque trabalhou alguns anos em uma fábrica de automóveis e depois, imaginem, Por pouco não se tornou cabeleireiro. Ele não fazia idéia do quão importante a decisão de não se tornar cabeleireiro seria pra história, não só da música, mas da sociedade e porque não dizer da humanidade como um todo, pois mesmo sem ter sido um militante teria influenciado a quebra importante de preconceitos como o racismo. Apenas em 1946, voltou a tocar.
Em 1952 entrou em uma banda de estilo blues-country. Mas tornou-se atração principal tão rapidamente que o nome do grupo foi mudado para Chuck Berry Combo.
Berry foi influenciado por Nat King Cole, Louis Jordan e Muddy Waters, que acabaria o apresentando a Leonard Chess, da Chess Records, em chicago, onde iniciou sua carreira em 1955. Ainda existem controvérsias sobre quem lançou o primeiro disco de rock, mas as primeiras gravações de Chuck Berry, "Ida May" (mais tarde regravada como "Maybellene") e "Wee Wee Hours" sintetizavam totalmente o formato rock and roll, inclusive com a clássica formação de Rock and Roll: Bateria (Fred Below), Baixo (Willie Dixon), Piano (Johnnie Johnson o homenageado oficial da música Johnny B. Goodee a quem Berry chamava de "o melhor pianista), E a dicção impecável e a guitarra inconfundível de berry, claro, combinando blues com música country e versos juvenis sobre garotas e carros, Menos de um ano depois, Berry já vendia mais discos que todo o staff da gravadora. segundo muddy waters o rock and roll de chucky berry não passa de um blues mais rápido. O que se confirmou mais tarde por inúmeros artistas que transitaram por estes estilos.

Berry experimentou coisas que são inimagináveis nos dias de hoje, como tocar com muita alegria em lugares em que, bem no meio da platéia, havia uma separação para que não se misturassem negros e brancos. Mas o toque tão peculiar de sua guitarra, mesmo não tendo esta pretensão, provocou muitas vezes as platéias a se misturarem para dançar rock com toda aquela energia, mesmo com a segurança, que muitas vezes era feita por policiais, tentando evitar, e ainda permitiu reflexos dessa atitude em toda sociedade. Uma mulher negra foi presa no ônibus porque se recusou a levantar de um assento exclusivo para brancos, jovens negros foram presos e torturados por não respeitarem a determinação de exclusividade de um lado da calçada que era para brancos, em outros casos, assentos de praça só para brancos foram queimados e bares e restaurantes só para brancos foram boicotados. Era pouco, mas era o começo da mudança que o rock propunha para o mundo.
O segredo para conquistar seus ouvintes, brancos ou negros, era prestar atenção na reação de sua audiência e dar a ela o que queria. Tinha uma incrível presença no palco, tocando a guitarra, gesticulando, correndo e fazendo o seu clássico "duck-walk".
Por essa razão, atravessando gerações, sempre falando diretamente aos jovens, Berry imortalizou rocks como:

"Johnny B. Goode" (1958),
"Roll Over Beethoven" (l956)
"Sweet Little Sixteen" (1958)

Não era raro o músico estar envolvido em polêmicas como em 1959, quando ele convidou uma índia apache de 14 anos que havia conhecido no México para trabalhar em seu clube noturno em St. Louis. A garota acabaria sendo pega pela polícia, assim como Berry, que foi acusado de entrar com a menor nos limites do estado com propósitos sexuais. Ele foi condenado a cinco anos de prisão e multado em 5,000 dólares. Chuck foi solto em 1963.
Depois disso sua carreira nunca foi totalmente recobrada, Mesmo assim ele ainda obteve sucessos como:

"You never can tell" (1964)
"No particular place to go" (1964)

Em 1966 ele gravou pelo selo Mercury Records uma compilação de todos os seus sucessos, utilizando técnicas mais modernas de gravação. A partir de então, Chuck Berry raramente voltaria a lançar músicas novas, preferindo capitalizar para si o sucesso que suas canções clássicas tinham junto ao público.

"My Ding A Ling" (1972)

Em 1979, teve novamente problemas com a justiça relacionados a sonegação de impostos e em 1990 foi preso sobre acusação de ter instalado uma micro-câmera no banheiro feminino de seu restaurante. Ora, O cara era safado mesmo.
Em 1986 tornou-se um membro inaugural do Hall da Fama do rock and roll. Sua autobiografia foi publicada em 1988.

Chuck Berry é um ícone que estabeleceu o rock and roll como uma forma musical e uniu o mundo dos negros e brancos.
Influenciou, entre outros, Elvis Presley, The Beatles, Rolling Stones e Eric Clapton, que declarou que, se não fosse Chuck Berry, ele jamais teria desejado a guitarra, por tanto se eric clapton é  considerado por muitos um Deus, o que dizer do cara que influenciou diretamente um deus? É o próprio universo! O universo do Rock and Roll! O universo Chucky Berry.

Informações compiladas de blogs especializados e enciclopédias eletrônicas.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Foo Fighters apresenta novo álbum e emociona David Letterman

Na última terça-feira (12), o Foo Fighters sacudiu o programa de televisão de David Letterman nos Estados Unidos. Além de tocar todo o novo álbum na íntegra, a banda ainda emocionou o apresentador ao tocar "Everlong".
Segurando as lágrimas, Letterman agradeceu a presença da banda e explicou que a música foi muito inspiradora para ele em 2000, enquanto se recuperava de uma cirurgia cardíaca. "Esta canção sempre significou algo incrivelmente pessoal e íntimo e importante para mim e minha família", declarou o apresentador. 

"Everlong" foi a única faixa antiga tocada pela banda. O Foo Fighters tocou todas as músicas de "Wasting Light", o sétimo e mais recente álbum do grupo. O show de quase duas horas de duração pode ser conferido na íntegra e gratuitamente em http://www.cbs.com/late_night/liveonletterman/foo_fighters/video/ 
Abaixo, você assiste à apresentação de "Everlong" e o agradecimento de David Letterman


Everlong

Hello
I've waited here for you
Everlong

Tonight
I throw myself into
And out of the red, out of her head she sang

Come down
And waste away with me
Down with me

Slow how
You wanted it to be
I'm over my head, out of her head she sang
Chorus-

And I wonder
When I sing along with you
If everything could ever feel this real forever
If anything could ever be this good again

The only thing I'll ever ask of you
You've got to promise not to stop when I say when
She sang
Verse 2-

Breathe out
So I could breathe you in
Hold you in

And now
I know you've always been
Out of your head, out of my head I sang
Chorus-

And I wonder
When I sing along with you
If everything could ever feel this real forever
If anything could ever be this good again

The only thing I'll ever ask of you
You've got to promise not to stop when I say when
She sang
Chorus-

And I wonder
If everything could ever feel this real forever
If anything could ever be this good again

The only thing I'll ever ask of you
You've got to promise not to stop when I say when
She sang

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Realengo - Um Post de Silêncio

                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .                                                                                                                                                                         .

terça-feira, 5 de abril de 2011

Pressione Restart (Banda colorida... Entendeu o Trocadilho?)

É, vou falar dessa banda colorida sim, mas antes tenho que contar uma historinha.
Eu tive o prazer de tocar com o virtuoso músico argentino Kike Sanzol, no memorável e saudoso poletto, bar que bombava uns rocks toda a sexta-feira durante quase toda a década de 90, num projeto que chamávamos de rock a la minuta, infelizmente do rock (daquele tempo) e do poletto só restam ruínas. Kike tem em seu currículo a participação em grandes festivais e projetos de músicos brasileiros e argentinos, entre eles, com certeza, o de maior expressão foi Charlie Garcia. Mas Kike Sanzol também possui o dom das artes plásticas, tem habilidades em vários tipos de expressão visual.
Certa feita, mesa de bar, Sid Monza (outro incrível artista plástico), Kike sanzol e Eu, fazíamos ali uma oficina informal de conhecimentos muito interessante, pois todos conseguem, até certo ponto, agregar algo importante para o outro, é claro, muito mais relevante pra mim que era o menos experiente dos três, mas foi inevitável o direcionamento para a experiência de Kike, eu sou músico, Sid é artista plástico, já Kike sanzol é as duas coisas, então automaticamente começamos a sugar essas informações.
Já que a conversa girava em torno de expressões musicais e expressões visuais, chegamos ao ponto:
-Onde as expressões musicais se fundem com as expressões visuais? Daí a resposta surpreendente de Kike: OS SONS TÊM CORES!
Que papo mais Bixo-Grilo? É... Mas o cara pode desenrolar um argumento muito interessante, veja:
Os Sons são percebidos pelos ouvidos, é claro, mas isso acontece baseado em transmissão e receptação de freqüência, mais ou menos como o rádio (falei bobagem? Hmm foi só um exemplo). Existe um espaço vibratório que cobre uma área entre 20 e 20.000 hertz, ou seja 20 a 20.000 ciclos por segundo, porém, em toda esta extensão, podemos denominar as freqüências de áudio somente como:
   -       Ut queant laxis,
   -       Resonare fibris,
Mi   -       Mira gestorum,
    -       Famuli tuorum,
Sol   -       Solve polluti,
    -       Labii reatum,
Si     -       Sante Iohannes.
(os nomes de origem das notas musicais são por minha conta)
Que podem ser calculadas e combinadas com a extensão, freqüência e intervalos das cores (veja a explicação completa em: http://caraipora.tripod.com/ouvindocores.htm) ou seja o ser humano sempre consegue desenvolver uma teoria sobre as coisas que são da natureza.
Bom, quando aquele papo com Kike sanzol e Sid Monza aconteceu, eu nunca podia imaginar que anos depois uma banda de adolescentes pudesse repercutir tanto a crítica como eu vi em algumas matérias ridicularizando a galera do Restart, que fazem um som direcionado para o público jovem, com músicas que falam de amor, com melodias simples, letras passam longe da vulgaridade, mas que usam, talvez não as mesmas influências, mas exatamente as mesmas notas musicais que todos nós usamos, que são essas citadas acima e as cores que eles usam são tão divertidas, ora, o que queriam? Que os caras fizessem algum jazz, progressivo ou algum tipo de música conceitual, intelectual ou o baralho a quatro? Deixa a galera se divertindo e ganhando uma grana e eles sabem, são descolados. E talvez não tenham consciência disso que o ser humano teima em teorizar sobre as coisas que são da natureza, como a harmonia entre cores e som, música e imagens, desde já seus fãs percebem isso e se influenciam o que afasta a chance de regredirem pra alguma coisa imoral ou ilegal. Mais tarde, quando amadurecerem, vão desejar coisas mais maduras, a própria banda vai amadurecer junto, vocês vão ver... e ouvir. Com certeza o mundo que esta geração está criando será muito melhor e mais bonito.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Perna quebrada é o de menos...pior é a copa do mundo!!

Na noite de Sábado, 19, enquanto acontecia o carnaval comunitário em Belém novo, eu saia de dentro do Botekas, onde havia pedido recém a primeira dose (só pra registrar que eu não estava bêbado), eu ia até onde estava Carol (minha namorada) o casal Maicon e Joyce, as irmãs Dani e Dai, seus pais e meu brother Tatá entre outros. Aí dei um pique para descer a escada e escorreguei no piso frio, recém colocado por ali, dei uma cambalhota incrível no ar e cai bem perto do asfalto, um metro e pouco abaixo, na hora eu senti que a minha perna esquerda estava quebrada, a dor é indescritível (e eu já ouvi falar, e muito, que fratura não dói... provavelmente da boca de pessoas que nunca quebraram nada) todo mundo ficou muito nervoso, daí o Maicon, sem pestanejar trouxe o carro, o Tatá ajudou a me colocar, quando eu me vi já estávamos no pronto socorro, ele foi muito rápido.
A Joyce cuidou dos detalhes até a Carol chegar com o pai dela pra dar uma força. Aliás, tenho que deixar meu agradecimento pro Tatá, Dani a Daiane pela preocupação, Maicon e a Joyce foram incríveis e o Sr. Tadeu que, bom... Sem palavras... E especialmente pra Carol que tem sido um anjo pra mim valeu galera.
Bem fui colocado no raio-X que era um cubículo de três metros quadrados e tinha um Piupiu desenhado no teto e o cara disse: -sobe na maca, porque não cabe dois aí pra eu poder te ajudar - daí eu tive que subir na maca sozinho ao mesmo tempo em que sentia uma dor terrível. e o cara completou: -é amigo, este é o pronto socorro disponível para a copa do mundo 2014, quer saber mais? Não vai ser reformado, ampliado e tão pouco será construído outro.
Depois que eu fui medicado comecei a perceber que o cara estava cheio de razão, o hospital pronto socorro municipal está jogado as traças, embora tenha sido muito bem atendido pelos funcionários que fazem tudo o que podem pra atender as pessoas.
Olha, eu já estou esperando pelo pior: nós vamos fazer um vexame na copa pra o mundo inteiro ver. Tomara que eu esteja enganado.
Bem aí está o primeiro post do meu blog (que provavelmente não irá mudar a vida de ninguém nem a minha)onde já saí contando um momento da minha vida, mas devo avisá-los que não será um diário até porque não pretendo descrever o dia a dia de um cara com a perna quebrada, eu acho que basicamente falarei sobre música e humor as duas coisas que sei fazer assim despretensiosamente. Abraço até o próximo.