quinta-feira, 11 de julho de 2013

Mãe... Tu passaste levemente a tua mão sobre a minha... me dando sinais de um “até logo”... e foi exatamente o que aconteceu... perdi meu chão... meu horizonte... não há como descrever a dor... mas as vezes é bom saber que a dor é proporcional ao tamanho do amor... é como tudo na vida, sempre tem alguma compensação, mesmo que muito longe de ser à altura, mas sempre tem... por exemplo: tenho certeza que a minha vó Ana... estava te esperando... lá no céu de Torres... com batatas assadas no fogão à lenha... e uma maravilhosa torta de morangos (imagina os morangos que podem ser colhidos no céu?) vai mãezinha... e repete lá no céu o que tu já fizeste muito bem aqui na nossa casa ao longo desses anos... prepara o lugar para nossa chegada... transmita toda a tua sabedoria de amor, fé, honestidade... pois nós, chegaremos lá bem desnorteados... pois a maioria de nós esquece o que tu nunca esqueceste... de pedir à Deus para nos iluminar... mas também de agradecer principalmente a Deus, mas também aos amigos e familiares... E a estes, que se uniram a nós na despedida... saibam, que se vocês reconhecem alguma qualidade em mim, ela que ensinou... e saibam também, que se vocês reconhecem algum defeito, seja pequeno ou insuportável, em mim foi porque eu não dei ouvidos a ela... devo tudo à ela... tudo mesmo... meu caráter e minha personalidade... a coragem que tive para o enfrentamento dos problemas... os lugares que eu fui com ela ou encorajado por ela... e os lugares em que mal cheguei e já estava louco pra voltar para perto dela... vai mãezinha... agora tu estás curada... segura na mão de Deus... vai ao encontro desta linda e irresistível luz... lá está a paz que a gente procura o tempo todo... e lá esta o lugar em que eu irei te encontrar... EU TE AMO... E “ATÉ LOGO”.